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Page history last edited by Stela Dias 15 years ago

 

Olá!

Quero usar o momento para parabenizar minha colega Stela da cidade do Arroio do Sal. Ao visitar sua página do pbwiki fiquei encantada. Que riqueza de imagens e de detalhes aos quais me fizeram viajar e participar de seu cotidiano.

Stela é alguém iluminada, que coloca amor em tudo o que faz. É agradável ler o que escreve, e nos deixa um sabor de quero mais.

Parabéns pelo teu trabalho colega!

 

 

Cleide

 

 

 
 
 
 
 

Meu Caminho

 

 

Para a Dietschi.

 

 

 

 

Percorro, aproximadamente, 

 

sete (7) quilômetros diariamente,

 

para então chegar ao meu destino:

 

 Escola  Professor Dietschi, em Rondinha.

 

 

Faço esse trajeto de ônibus.

 

 

O caminho a percorrer é simplesmente lindo!

 

Adoro viajar de ônibus, me põe em contato com muita gente.

Gente de todo tipo e de todo jeito.

Algumas pessoas alegres, falantes, outras nem tanto.

Tanta gente sisuda, até braba! em algumas vezes.

Outras indiferentes, frias como o inverno mais rigoroso da Sibéria.

 

 

 

 Bom, percorrendo esse trajeto diário,

vou descrevendo-o...

Saio de casa e ando a pé  seis (6) quadras

 (aqui são bem pequenas!).

Passo pelo banco comercial,

 atravesso a ponte

sobre o arroio histórico do município,

 

 

 

e passo pela Prefeitura Municipal.

 

 

Continuo andando,

sempre ligeirinho,

 pois meu dia é tão corrido que não dá para ir devagar.

Cruzo a avenida Porto Alegre,

 que corta a cidade da serra ao mar.

 

 

 

 

Ao entrar na quadra seguinte 

 me deparo com a horta do "seu" Hilário.

Pessoa dedicada essa.

 Cuida com o maior mimo de suas parreiras,

 das suas verduras, das suas flores, das suas ervas,...

 Tem até bananeira com cacho de banana!

 

 

Seguindo em frente,

dou uma olhadinha no relógio

para confirmar se não vou me atrasar,

 

 

 

 

e vou ligeirinho!

 

Aqui, esse trecho não me chama muito a atenção.

Duas quadras depois, uma pequena árvore balançando, 

ao sabor da tão esperada brisa marinha!,

 me convida a olhá-la por mais um instantinho.

Olho novamente para o relógio...

não, não vou me atrasar.

 Acho que é um pé de plátano.

Gosto de ver suas folhas se balançando,

 faceiras,

parece que dançam e me convidam a bailar.

 Adoro festas!

 

 

 

Então, chego na parada, não me sento,

pois o tempo é curto.

Lá vem o ônibus.

 Levanto o braço, ele pára.

Subo e me sento.

Sempre na poltrona do corredor.

Aqui não procuro as janelas.

 Explico porquê.

Geralmente estou com sono,

minha amada filha Marina,

com dois anos de idade,

 abusa de mim todas as noites. 

 

 

 

 

Pelo fato de passarmos o dia inteiro

sem nos vermos, 

somente nos encontramos de manhãzinha,

quando lhe preparo a mamadeira,

 ao meio dia, quando lhe dou almoço (gosta de lingüiça a minha alemoa!)

e então, a danadinha aproveita e fica até às onze horas da noite me alugando,

dou-lhe o banho, brincamos, passeamos, vamos ao mercado, na vizinha... Brigamos muito dai pra frente, pois estou cansada,

 quero cuidá-la mas tenho que lavar roupas,

 louça, preparar comida para amanhã, ajeitar a casa...

E tenho que estudar, planejar o dia seguinte, rever materiais.

Ufa, Marina vai dormir.

 E já são onze e meia, quase.

 Quanta energia.

 E ainda tenho tudo para organizar.

 

 

 

 

E a paisagem é para ser admirada!

 

 Sentar-me na janela implica ficar olhando para fora,e dá muito sono.

Tenho medo de dormir.

Se passar da minha parada, fica complicado voltar!

 

 

 

O ônibus arranca, e continuo minha viagem.

Esse trecho,

que compreende mais ou menos três a quatro quilômetros,

 não me incita a muita fala.

Talvez seja por ser estrada asfaltada,

 balança pouco, passa meio rápido.

Quase não me chama a atenção.

A paisagem aí é comum:

casas residenciais, lojas comerciais,

 pequenos trechos desocupados...

poucas pessoas na rua.

 Enfim, nada que eu queira registrar.

Mas, a partir daí,

começa uma estradinha de chão...

 

 

 

Eta estradinha boa de se andar.

Cheia de buracos,

 levanta uma poeira daquelas,

balança muito...

 dá uma soneira danada!

Aqui meus olhos se mantêm abertos

 a muito custo mesmo.

Mas, a paisagem que se descortina

 é tão maravilhosa,

que é impossível perdê-la!

Não posso dormir.

 Essa é a ordem que eu disparo para o meu cérebro:

Não durma! Olha e admira tudo!

 

Tenho à minha esquerda o recorte da Serra do Mar.

 

 

 

Minha imaginação corre solta...

Invento histórias, aparecem reis e rainhas, príncipes e princesas...

Que se encontram, se abraçam,...

são mãos que se procuram, bocas se beijam, famintas de afeto.

 

 

Aqui, um parêntese. Que saudades do meu marido! 

Como trabalha longe, só vem pra casa nos finais-de-semana.

E a viagem continua.

À minha direita, descortina-se o mar.

 

Ah, o mar!

 

 

 

Ma-ra-vi-lho-so!

 

O mar é maravilhoso. 

Águas claras, ondas branquinhas e espumantes,

Que se deleitam ao esparramar-se na areia quente do sol.

 

 

 

 

Essa é a paisagem mais linda de se ver!

é um eterno ir e vir.

As ondas não se cansam, beijam a areia quente e

escorrem para dentro do mar.

Depois voltam novamente ao seu galanteio...

E novamente adentram o mar.

Isso é tão bonito de se ver, que em certos momentos, mais afetivos, digamos assim,

chegam a nos emocionar.

Diariamente tenho essa mesma emoção, quando olho para a beira mar

e observo esse mesmo espetáculo.

Tem dias em que as ondas estão meio furiosas,

acho que brigaram,...

Mas assim mesmo elas não desistem de lavar a areia

quente do sol,

com seu constante ir e vir.

 

Em outros dias, na temporada de pesca,

vemos barcos pesqueiros...

Recortados pelo horizonte, nos encantam

com sua beleza.

 

 

 

Nesses momentos tenho até a impressão

de que posso ver os peixes sendo empurrados pra rede!

parece-me que posso escutar suas nadadeiras,

debatendo-se, rebelando-se, não querendo...

mas, acabam sempre presos.

 Que espetáculo.

Olhar para o oeste, num  belo dia ensolarado

e deparar-se com esse cenário, não é para qualquer um, não!

Precisa ter muita sorte e morar num lugar maravilhoso feito

Arroio do Sal.

 

E ainda por cima,

tem que trabalhar na Rondinha,

mais específicamente, na Escola estadual Professor Dietschi.

 

 

 

Estou quase chegando ao meu destino.

Acabou a estradinha de chão batido.

O balanço agora é suave.

estamos novamente na estrada asfaltada.

 

Mais três quadras e é minha parada.

 

Chegamos, puxo a campainha.

Nem precisaria, pois o motorista já me conhece.

O ônibus pára, abre a porta, entrego a passagem.

Dou um adeusinho, até a volta.

 

Espero o deslocamento do ônibus.

Ando mais uma quadra a pé e chego na escola.

 

 

 

 

 

Os alunos já estão me esperando, o sinal já bateu.

Essa hora é muito gostosa.

É muito beijo, abraços, pois me esperam.

Todos os dias é a mesma coisa.

Agora só me falta entrar e trabalhar.

Por favor, entrem comigo.

 

 

 

 

 

Tenho certeza que algumas pessoas que conhecem esse mesmo trecho,

não concordariam com quase nada da minha descrição.

Mas, sendo uma pessoa muito imaginativa, festeira e faceira, como sou,

não poderia dizer isso de outro jeito.

 

Quem tiver a oportunidade( e o mesmo espírito que eu)

de algum dia passar por essas bandas, há de concordar com meu relato.

 

Stela Maris da Rosa Dias

Em 02.04.07

 

 

 

 

 Amiga

PARABÉNS a sua página ficou um encanto! 
Você é muito criativa e dedicada.
Se precisar sabe que podes contar comigo sempre.
Beijocas Pati
 
 Stela,
a tua descrição "imaginativa" enriquece o que poderia ser uma lista de lugares e detalhes sem estofo, sem vida. Fui contigo à escola, pelo trajeto percorrido com os olhos da alma. Isso bem pode significar felicidade.
Tutor Antônio  

 

 

 

Não posso deixar de registrar isso:

Indo trabalhar no sábado pela manhã,

Deparo-me com essa cena espetacular...

Dia nublado,

meio de cara feia,

o sol não estava querendo aparecer!

 

 

 

 

Havia um pequeno nevoeiro, 

muito pequeno mesmo.

As cores não haviam se manifestado, ainda...

Eis que,

olhando para o leste,

o mar estava muito calmo,

as ondas tranqüilas,

preguiçosas...

 

 

 

 

Sem pressa de beijar a areia 

escorrer pela beirada,

lavar as conchas,

e o resto todo da

beira mar...

Bem no meio do oceano,

ali aonde nossa vista alcança,

parece quase na metade da viagem para o Japão!

 

 

O sol,

magestoso em seus raios,

esparramava-se num pequeno círculo.

Que coisa fantástica essa!

Que vista maravilhosa.

Vocês precisam ver.

 

 

 

 

É encantado esse raiozinho de sol, 

nesse meu mar.

 

 

 

Pensei, nesse momento de contemplação: 

preciso contar para o meu wiki

essa minha visão.

 

 

Aqui deixo o registro.

 

 

 

 

Por favor,

se tiverem a oportunidade,

experimentem,

 ao menos uma vez por dia

fazer o exercício de OLHAR o MAR.

 

 

Tenho certeza de que ficarão

 tão encantados quanto eu fico.

 

 

 

 

Stela, em 19.04.07

 

 

 

 

 

Comments (5)

Anonymous said

at 2:46 pm on Apr 18, 2007

Stela você é sempre muito criativa. Temos algo em comum: filhas pequenas (2 anos) que "bagunçam" todas as noites. A praia de Rondinha que fica localizada sua escola é onde eu ia na infância, passar as férias de verão. Felicidades!!!

Anonymous said

at 9:56 am on Apr 19, 2007

Que vinda poética para nosa escola!
Só podia ser você a descrever tão lindamente o nosso lugar...

Parabéns! Está muito belo...

Um forte abraço

Mara Braum

Anonymous said

at 2:02 pm on May 3, 2007

Querida Stela.. A descrição com que nos brindas está simplesmente fantástica: muito bem escrita e pensada. As imagens que trazes são muito pertinentes, e mais que isso, elas também "falam" e "surpreendem"! Soubeste complementar e enriquecer a descrição do teu caminho para a tua escola de uma forma linda e criativa! Parabéns Profe! Um dia vou querer fazer este caminho contigo ok! :)

Abra@o com carinho,
Profa. Maxi

Anonymous said

at 1:34 pm on May 4, 2007

Querida Stela, foi uma experiencia maravilhosa poder visitar a tua nova pagina, e compartilhar do teu olhar durante o percurso ate a tua escola. O teu relato me fez lembrar de uma das mais precisas definicoes de felicidade que eu conheco... Enquanto algumas pessoas acreditam que a felicidade e feita de "momentos felizes", outras acreditam que " [...]a felicidade não é o que acontece em sua vida, mas como você elabora esse episódio. A diferença entre a sabedoria e o desespero, o sábio e o desesperado, é que o sábio sabe aproveitar as suas dificuldades para evoluir e o desesperado sente-se vítima dos seus problemas." (Este trecho encontra-se no livro O sucesso e ser feliz, de Roberto Shiniashiky, terapeuta de analise transacional)
Um grande beijo e um caloroso abraco da profa. Nadie

Anonymous said

at 12:35 pm on Aug 26, 2007

Olá amiga virtual!
Muito linda a tua página! Não só esta como também as outras! Parabéns pela tua dedicação, esforço e competência, que só poderiam mesmo gerar este maravilhoso e ótimo trabalho!!
Beijos com carinho!

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